Além das conhecidas linguagens de programação, a mídia digital também é constituída de linguagens visuais, sonoras e interativas digitais. O domínio de linguagens digitais é fundamental para o design de interfaces gráficas, pois é frequente a necessidade de traduzir e criar expressões de uma linguagem para outra. Essa competência comunicativa pode ser ampliada através da compreensão de conceitos linguísticos que serão apresentados nessa palestra, tais como metáforas, gestos, signos, rituais, e gêneros.
A influência da linguagem de Dieter Rams, um designer industrial das décadas de 60 e 70, é perceptível nas linguagens digitais da Apple, por exemplo. A abordagem de Johnny Ivy, um designer da Apple, encontra paralelos visuais com o trabalho de Rams, embora com sua própria singularidade. Trata-se, portanto de uma linguagem híbrida.
A ideia de hibridização entre linguagens é central na discussão, demonstrando como diferentes linguagens digitais se entrelaçam e se traduzem mutuamente. O designer de interfaces desempenha o papel de intérprete e hibridizador nessas interações. Uma analogia é traçada entre design de interfaces e literatura, enfatizando a natureza em constante transformação das interfaces.
O argumento de que as linguagens digitais são projetos coletivos se destaca, assemelhando-se às linguagens faladas e escritas. A diversidade linguística e cultural é evidenciada, com referência à preservação das línguas indígenas ameaçadas. Em última análise, a conclusão recai sobre a noção de que o design de interfaces envolve múltiplos agentes na construção contínua dessas linguagens e na cocriação de realidades compartilhadas.
Gravação realizada como parte do evento Tão Longe, Tão Perto do DADIN UTFPR.
Design de interfaces e linguagens digitais [MP3] 1 hora
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