Entrevistar é começar com o pé direito

Terminei e analisar o resultado das entrevistas com os usuários do site da UFPR. As conversas foram muito elucidativas, sinto que comecei o projeto com o pé direito. Ao contrário do que pensava, os usuários não acham o site tão ruim e relataram não ter problemas com ele. É possível que haja sentimentos subjetivos em jogo, como orgulho e auto-estima, mas já é suficiente para sublinhar que as mudanças não poderão ser drásticas, já que o modelo atual é satisfatório. Como disse um professor de História, "ele só precisa agrupar melhor as informações semelhantes".

O tempo para fazer perguntar e anotar as respostas não passava de 5 minutos, mas todo mundo sempre tinha uma história para contar, uma sugestão a fazer. Em média foram 15 minutos bem gastos em cada entrevista, totalizando +-10 horas de trabalho, fora transporte.

Para projetos sérios de webdesign esse método tem um custo benefício muito bom, principalmente porque a amostragem poder ser bem menor do que a minha (34 usuários). Acredito que 4 entrevistas mais longas ou 8 rapidinhas são suficientes para perceber opiniões semelhantes e padrões de comportamento. Não dá um dia inteiro de trabalho e pode ser feito por telefone.

Elaborar o relatório [DOC] demorou mais do que pensava. Levei cerca de 6 horas no total, se batendo no Excel. No meu caso, usei estatísticas e gráficos, mas isso pode não ser necessário. Uma estimativa como a "maior parte dos usuários diz que blá" é suficiente vindo da boca de um profissional que conta com a confiança da sua equipe. Aliás, fazer o relatório é essencial para comunicação interna da equipe e para sustentar as decisões do design perante o cliente. Nem que seja meia folha escrita.

Generalizando, as principais lições tiradas das entrevistas são: