Políticas de Participação no Design de Interação

Artigo submetido e aceito ao 4º Congresso Internacional de Design da Informação.

Resumo

Atendendo a demandas de mercado, pesquisadores e praticantes em Design de Interação estão experimentando novas formas de promover a participação de usuários no projeto de sistemas de informação. Porém, a própria conceitualização do participante como usuário já reduz suas possibilidades de participação. O usuário não é capaz de projetar, por isso, justifica-se a necessidade de especialistas que traduzam seus anseios em definições de projetos. Por mais que se promovam exercícios de design participativo envolvendo usuários, o objetivo não é autonomizar os participantes ao desenvolvimento de novas tecnologias e sim gerar representações dos usuários para melhor direcionar novos produtos. Trata-se de uma inclusão abstrata e exclusão concreta, que legitima a dependência tecnológica de um determinado grupo social. O Design Participativo na vertente escandinava propõe que esta lógica perversa seja questionada no próprio processo de design, com o objetivo de gerar alternativas que de fato promovam o desenvolvimento social dos participantes. Esta abordagem participativa pode ser um caminho para o Design de Interação superar o foco nas microestruturas da interação: interfaces, técnicas, tarefas e outros detalhes intrínsecos que não dão conta sozinhos da densidade cultural do processo.

Políticas de Participação no Design de Interação [PDF] 94 Kb - 10 páginas

van AMSTEL, F. M. C. . Políticas de Participação no Design de Interação. In: 4º Congresso Internacional de Design da Informação, 2009, Rio de Janeiro. Anais do 4º Congresso Internacional de Design da Informação, 2009.

Fred van Amstel ([email protected]), 13.07.2009

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