Materializar o virtual dá credibilidade

Ainda hoje, um dos grandes dilemas das lojas virtuais é inspirar confiança para o comprador de primeira viagem. Graças à cobertura sensacionalista que a mídia fez sobre hackers há alguns anos atrás, o senso-comum dúvida da segurança do envio do número do cartão de crédito pela Internet. Mesmo com os esforços de auditores terceirizados, o estigma ainda está presente.

Colocar o selo da operadora de cartão de crédito numa loja virtual pode ajudar, mas não resolve. Melhor do que isso é materializar o virtual, através de medidas que são melhores explicadas nesse post em áudio:

Materialize o virtual e ganhe credibilidade [MP3] 9'51"

Resumindo:

O Projeto de Webcredibility da Universidade de Stanford realizou alguns estudos sobre como os usuários avaliam a credibilidade de websites e chegaram à conclusão de que a imagem que o website imprime tem mais peso até que sua política de privacidade na hora de inspirar confiança:

Por exemplo, quase metade de todos os consumidores (46,1 %) do estudo julgaram a credibilidade dos sites baseado em parte pela aparência geral do design gráfico, incluindo o layout, tipografia, tamanho da fonte e esquema de cores.

Nossos resultados com os consumidores sobre a a proeminência do design do site e aparência geral não foi o que esperávamos encontrar. Os participantes pareciam fazer decisões sobre a credibilidade das pessoas e a organização por trás do site baseadas no visual. Nós esperávamos ver pessoas usando critérios mais rigorosos quando acessam sites. O resultado indica que o Consumer Web Watch, juntamente com os bibliotecários e profissionais de informação, tem que aumentar os esforços para educar os consumidores a fazerem deciões mais ponderadas, particularmente quando isso pode afetar seu bolso ou sua saúde.

Não é só na Web que as pessoas julgam a credibilidade baseadas na imagem. Julgar um livro pela capa é impulso natural ao homem desde tempos imemoriais. Foi somente no século passado que o capitalismo descobriu que poderia aproveitar essa fraqueza do ser humano para encher a bola de produtos e instituições.

Existe hoje uma tendência do consumidor se tornar mais crítico e criterioso, porém ela cresce junto com a tendência dos publicitários a se tornarem mais hábeis em criar imagens. Melhor do que disputar com o consumidor é dar o que ele quer: a verdade. Se a empresa tem credibilidade, melhor comunicar isso de forma honesta e pontual do que enganá-lo com imagens fictícias.

Fred van Amstel ([email protected]), 11.04.2005

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