Information Architecture: Blueprints for the Web

Na medida em que os websites vão ficando grandes e complexos, aumenta a demanda por profissionais capacitados a organizar as informações de forma que atendam tanto os objetivos do dono do site quanto dos usuários. Esse cara pode ser chamado de o arquiteto da informação e este livro serve perfeitamente como o primeiro passo na sua formação.

Seu trabalho visível para os usuários serão os itens num menu de navegação, a hierarquia entre as páginas, os parâmetros de busca e tudo o mais que se relaciona à recuperação de informações. Para a equipe de desenvolvimento, ele vai ser elemento chave na integração entre designers, redatores, programadores e homens de negócio.

Para o primeiro, ele entrega uma planta baixa de onde estarão posicionados e agrupados os elementos de uma interface. Para o segundo, ele discute qual conteúdo precisará ser produzido e com que enfoque. Já o terceiro recebe os requerimentos do motor de busca e do gerenciamento de conteúdo. Finalmente, os homens de negócio tomam conhecimento de como os usuários estão reagindo ao seu produto e como ele pode se tornar mais efetivo.

Ao longo do livro, Christina vai expor sua metodologia de desenvolvimento de websites, focando nas etapas de envolvimento com usuários. Ela vai ensinar de forma bem tranquila como fazer:

Se você não tem nem idéia do que esses termos significam, mas os achou instigantes, compre o livro. A leitura é tão agradável e direta que vale à pena só de curiosidade. Cada um desses métodos, é uma forma divertida de entender o usuário e criar o website de acordo com o que ele mais se dá bem.

Fora isso, Christina também fala sobre assuntos que não fazem parte exclusivamente do campo da Arquitetura da Informação, como por exemplo a discussão de sublinhar links ou não. Aliás, ela acaba por gastar quase um terço do livro com questões dessa ordem. É interessante para o arquiteto da informação ter as bases para projetar formulários e interfaces mais complexas, porém essa tarefa é mais adequada ao profissional especializado nisso: o designer de interface. Na verdade, o ideal é que haja interação entre um e outro.

Nessas seções do livro, Christina acaba repetindo discussões feitas em outros livros dedicados exclusivamente a isso, como Não me Faça Pensar!, de Steve Krug. Poderia ter mantido o foco e feito um livro menor, ou quem sabe, mais completo. Provavelmente fez isso, pela sua paixão pública por elementos de interfaces, cuja manifestação máxima é o excelente blog Widgetopia.

Fora esse deslize, o livro é muito bom. Cheio de ilustrações hilárias e screenshots. Texto tão conciso que parece até que estamos lendo a aclamada revista online Boxes and Arrows, criada por Christina. Você lê rapidinho e termina com aquela sensação de que aprendeu muita coisa sem esforço.

Fred van Amstel ([email protected]), 13.01.2005

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