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S�o Paulo 450 Anos

Para comemorar os 450 anos de funda��o da cidade de S�o Paulo, est�o previstas diversas obras de revitaliza��o do centro da cidade, entre elas a do Mercado Central de S�o Paulo....

� Gaspar Bissolotti Neto


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O prod�gio das interfaces

Mario Lima Cavalcanti

Ele � programador, webmaster do site Comunica��o e estudioso da tecnologia Macromedia Flash e de seu uso para a constru��o de interfaces mais interativas. Frederick van Amstel acredita que as interfaces hoje em dia tem a mesma cara e que, com a ajuda do Flash, seriam mais din�micas. Conversei com ele, que deu um panorama do que pensa sobre os atuais layouts dos jornais online. Acompanhe a entrevista abaixo.

Comunique-se - Voc� acredita que as interfaces de softwares est�o caindo na mesmice. Por qu�?

Frederick - Porque desde que foi criada a met�fora do desktop (�rea de trabalho, pastas, �cones, janelas, bot�es) h� d�cadas, pouca coisa mudou nas interfaces de softwares.

Comunique-se - Desde quando voc� usa o Flash e estuda a dobradinha Flash/interface?

Frederick - Desde o final de 2001. Mas s� amadoramente. Comecei a trabalhar pra valer h� um ano. Eu comecei a mexer com o Flash pegando a Trial da vers�o 5 no final de 2001 e fiquei impressionado com a facilidade. J� tinha tentado criar interfaces com a linguagem de programa��o Delphi, mas me frustrei com a quantidade de c�digo necess�rio. Eu n�o queria explorar o mundo obscuro da programa��o, s� queria comunicar. Por isso eu considero o Flash t�o importante para a hist�ria da interface.

Comunique-se - �, voc� sempre defendeu a id�ia de que o Flash � uma forte ferramenta para constru��o de interfaces.

Frederick - Um website n�o � uma ferramenta, um software. Ele � uma mensagem, um esfor�o de comunica��o. Ent�o, ele pode aproveitar a interface para transmitir a sua mensagem. � aquele neg�cio do "Meio � a Mensagem", de MacLuhan. Com o Flash, � poss�vel criar interfaces mais adaptadas a essa finalidade, escapando dos padr�es. Veja o exemplo (aqui) do site ingl�s do carro Phaeton da Wolksvagen. O internauta navega por uma "gal�xia" em que cada estrela � um texto. A extrapola��o do hipertexto n�o prejudica a facilidade de uso e acrescenta uma experi�ncia marcante.

Comunique-se - Um artigo publicado recentemente por Mark Glaser no Online Journalism Review alerta que muitos pr�mios jornal�sticos acabam pecando por premiar sites que utilizam bem a tecnologia Flash, em vez de fazerem uma avalia��o jornal�stica, ou seja, deixando de lado a parte editorial da coisa. O que voc� pensa sobre atitudes como essas dos pr�mios?

Frederick � O Flash come�ou a ser usado para fins publicit�rios em 99. Assim como ter presen�a na Web no seu come�o, usar Flash � sin�nimo de atualidade, inova��o. Por�m, usar Flash s� por ser Flash n�o acrescenta conte�do. Logo surgiram cr�ticas avassaladoras a esse tipo de pr�tica e as ag�ncias de Internet tornaram-se mais reservadas em rela��o ao Flash. Assim ser� com os jornais online que o utilizam para transmitir informa��o.

Comunique-se - Para voc� o Flash est� sendo bem utilizado por ve�culos noticiosos? Recursos como o infogr�fico s�o bem desenvolvidos?

Frederick - Isso est� ligado ao tipo de profissional que faz o infogr�fico. Um jornalista pode contar e interpretar fatos melhor do que um designer, gra�as � sua forma��o. A cultura de Jornalismo Visual � relativamente nova l� fora, h� poucos jornalistas com capacidade de bolar um infogr�fico interativo. Ent�o sobra pros designers, que priorizam o visual. No Brasil, essa cultura de jornalismo visual � praticamente inexistente. Ainda vamos ter que esperar muito tempo para termos coisas como os animados da BBC (aqui) ou os do El Mundo (aqui).

Comunique-se - E quanto aos layouts e recursos em geral? Como voc� os v� em sites de not�cias hoje em dia?

Frederick - Bem, no momento h� ainda uma influ�ncia muito grande da linguagem visual do meio impresso. Ainda n�o se desenvolveu um consenso nesse sentido que se adapte ao meio Web. Colunas, blocos de texto grandes, aus�ncia de hipertexto e efeito biblioteca (excesso de informa��o) ainda � muito comum nos sites de not�cias. Tudo isso n�o combina com a Web. � preciso aproveitar seus recursos e entender como agem os seus leitores. Uma home page n�o � usada igual a uma folha impressa: num jornal com um movimento r�pido do olho � poss�vel ter uma vis�o geral dos assuntos que a p�gina trata. J� no navegador s� � poss�vel ver uma pequena �rea de cada vez. A Web ainda � muito nova sim, mas acredito que essa inadapta��o � fruto de conservadorismo tanto dos leitores quanto dos jornalistas. Basta comparar ve�culos voltados para o p�blico geek, como a Wired, com jornais online populares, como o �ltimo Segundo, para entender o que estou falando. Acho que os ve�culos online desperdi�am muito a possibilidade de interatividade com o leitor. Acho muito mais valioso que se desloquem jornalistas das reda��es para gerenciar comunidades virtuais (f�runs de discuss�o e afins) e bolar novas formas de intera��o com o leitor.

Comunique-se - Sobre o site Comunica��o, onde voc� atua como webmaster. O que os leitores podem encontrar l�?

Frederick - O Comunica��o � um projeto de comunidade virtual da Universidade Federal do Paran�. Ele tem uma equipe de reportagem que cobre os principais assuntos que interessam o p�blico acad�mico. Os coment�rios dos leitores aparecem logo abaixo das mat�rias e as enquetes s�o bastante discutidas. O lugar j� est� virando ponto de refer�ncia na discuss�o dos problemas da Universidade.

Comunique-se - Voc� falou sobre algumas id�ias inovadoras do Comunica��o como o "Leia++". O que exatamente � o "Leia++"?

Frederick - � um software que estou desenvolvendo para agilizar a leitura din�mica. Por enquanto ele identifica nomes pr�prios e declara��es nas not�cias e os real�a. Fizemos algumas pesquisas com nossos leitores e descobrimos que durante o "scanning", a leitura din�mica que os internautas fazem, algumas partes do texto chamam mais a aten��o. O "Leia++" � totalmente autom�tico, o jornalista que redige a not�cia n�o precisa se preocupar em fazer nenhum tipo de marca��o. Mas ainda est� em fase de testes. Tem alguns bugs que precisam ser concertados.

Comunique-se - Voc� acha que o jornalista que trabalha com online precisa ter no��o de tecnologias e recursos como HTML, Flash e Photoshop?

Frederick - Acho que ele precisa ter no��o do que d� pra fazer com as tecnologias dispon�veis, por�m n�o precisa dominar seu funcionamento. Hoje, a utiliza��o eficiente dessas tecnologias demanda um profissional especializado nisso. Por�m, � medida que os softwares est�o ficando automatizados, diminui o esfor�o para sua opera��o. Ent�o, o jornalista deve se concentrar nos seus assuntos, que j� d�o bastante trabalho para um profissional sozinho: cativar fontes, colher fatos, opinar etc. A opera��o de software fica por conta de outro. � como na edi��o para TV: existem t�cnicos e jornalistas. Alguns jornalistas assumem a edi��o da mat�ria, por�m isso n�o � necess�rio para concluir o seu trabalho.



12/8/2003

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