Fidelidade sonora é mais importante

Nos frustramos mais com ruído nos sons do que com baixa resolução nas imagens. Essa já tinha percebido revendo 10 mil vezes os trabalhos da Lifemotion (veja por exemplo a história Sonhos), mas nunca tinha lido uma boa explicação para isso. Mais uma vez o livro Train of Thoughts traz o seguinte argumento:

A maior parte de nosso campo de visão cai na zona periférica, onde não temos a capacidade de distinguir detalhes. Somente os estímulos que caem no ponto focal parecem ter algum detalhe.

Isso não é desculpa para exportar JPEGs só em qualidade 20 no Photoshop. Isso significa que de nada adianta investir em imagens de altíssima qualidade (maior que 60), se a imagem será percebida por poucos segundos e demorará um tempão para carregar. Pior ainda se isso for desculpa para deixar o som com menor qualidade (menor que 22KHz). Mais do livro:

De acordo com estudos realizados por Reeves e Nass, "a fidelidade do áudio pode ajudar o visual, muito mais do que a qualidade técnica das figuras, porque bom áudio pode até mesmo fazer as pessoas pensarem que os visuais são melhores". Então, temos uma tolerância muito menor para áudio pobre do que com a fidelidade das imagens. Na verdade, áudio que é excessivamente pobre pode desviar uma pessoa da compreensão do sentido da mensagem.

Só para comprovar: ninguém deixa de assistir a final de um campeonato de futebol se a antena da TV tá com interferência, mas se o jogo só vai ser transmitido na AM do rádio, esqueça. É muito mais penoso.

Fred van Amstel ([email protected]), 21.08.2004

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