Clique aqui seu estúpido

Me recuso a acreditar que só por colocar "clique aqui" num banner, ele vai ter maior retorno, como dizem todos os manuais de publicidade na Internet. Pode até ser que leve a uma maior taxa de cliques pelo inegável efeito de atrair a atenção e, em contrapartida, incomodar caso o usuário não deseje clicar ali ou sinta sua inteligência subestimada. Como pontua Jeffreu Veen, banners gritantes realmente tem uma taxa de clique maior, mas essa métrica não é boa para calcular o retorno. A maioria das vezes os usuários se frustram após o clique e o tiro sai pela culatra.

Essa abordagem é muito pobre. Quem não tem criatividade para criar um banner que estimule o clique sem subjulgar a habilidade do usuário em escolher onde clicar, deve desistir da tarefa de criar peças publicitárias na internet. O meio requer uma abordagem muito criativa, por causa do fenômeno "cegueira de banners".

Me motivei a escrever este post após ler no livro Fresh Style for Webdesigners (em breve resenha) uma abordagem da Web como meio de comunicação:

A televisão no começo, era basicamente o rádio com câmeras no estúdio. Levou algum tempo até que os produtores de televisão descobriram que uma garota propaganda ao lado de uma nova máquina de lavar Maytag não precisava dizer "Oi, eu estou aqui ao lado dessa lavadora Maytag". Quanto tempo vai levar para os webdesigners perceberem que os links não precisam ser indicados pelas palavras clique aqui?

A propósito, quem acha chato esse negócio de história da comunicação, da arte e etc nunca vai realmente entender a Web. É olhando para o passado e presente dos outros veículos de comunicação que podemos prever como vai se transfigurar a Web.

Fred van Amstel ([email protected]), 13.05.2004

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